Estamos muito felizes por ter concedido mais uma entrevista. Os jornalistas da estação de RIT TV, após lerem este artigo do jornal Draft e da materia do PEGN que falava sobre nós, escreveram um e-mail nos propondo fazer uma reportagem. Claro que aceitamos o convite!
A matéria conta que mais de 81 milhões de toneladas de resíduos são gerados no Brasil todos os anos. Você tem ideia do quão grande é esta quantidade?
Infelizmente, menos de 4% desta enorme quantidade de resíduos é reciclada ou reutilizada. Nós da Realixo tentamos mudar esse cenário.
Cada brasileiro produz 343 kg de lixo por ano e 40% de todo esse lixo acaba em uma lixão a céu aberto, o que tem um efeito devastador no ar, no solo, na água e nas mudanças climáticas. Metade das cidades brasileiras não possuem aterros sanitários ou coleta seletiva pública.
“Para mudar essa realidade”, continua o apresentador, “uma empresa paulista oferece o serviço de coleta seletiva para pessoas físicas e jurídicas (restaurantes, escritórios, lojas, clínicas, condomínios e fábricas). O objetivo é reduzir o desperdício e incentivar a economia circular e local.
A Realixo oferece este serviço por uma assinatura mensal, cuidando dos resíduos orgânicos (restos de alimentos) e recicláveis.
O fundador da empresa, o italiano Andrea M. Lehner, diz: “todos os restos de comida podem ser transformados em adubo orgânico (através da compostagem)”. Estamos estudando a possibilidade de utilizar outros métodos para a transformação inteligente e sustentável dos residuos orgânicos. Esses outros métodos são principalmente dois: plantas de biodigestão e black soldier fly.
Essas técnicas reduzem as emissões de metano na atmosfera e regeneram a terra por meio de resíduos orgânicos, o que reduz a necessidade de fertilizantes petroquímicos.
Damos aos nossos clientes a certeza do destino dos recicláveis ”comuns”, que doamos para a primeira cooperativa de catadores do Brasil: a Coopamare.
No vídeo há um erro de edição: o serviço diz que 40% do que a Coopamare recebe vira rejeito e vai para um aterro sanitário. O que o Andrea disse na entrevista é que 40% do que a empresa LOGA recebe em sua usina de reciclagem mecanizada na Lapa não é reciclado, mas sim encaminhado para um aterro sanitário. Falaremos sobre nossa visita a esta usina de reciclagem em um artigo futuro.
Também recolhemos de nossos clientes (PF e PJ) resíduos especiais como óleo de cozinha usado, roupas, eletroeletrônicos, lâmpadas, baterias, chapas de raio-X, embalagens de cosméticos e remédios.
O entrevistador destaca que em nossa sede o sofá é um trabalho de upcycling. Usamos blocos de construção comuns que haviam sido jogados fora e os transformamos em um sofá! Não é muito confortável, mas é criativo!
O repórter continua: “todo o material orgânico que é recolhido pela Realixo é transportado para a horta urbana Sítio Sampa onde se transforma em adubo pelo método de compostagem. Um terreno que durante 40 anos foi utilizado como entulho de resíduos da construção civil é agora uma horta de produção orgânica certificada numa área de aproximadamente 6.000 metros quadrados. Com os resíduos orgânicos que são recolhidos e transportados da Realixo, o Sítio Sampa os transforma em adubo por meio da compostagem e produz alimentos orgânicos que vão para o prato dos paulistanos. Tudo isso é resultado de um trabalho que une economia e meio ambiente.”
Andrea M. Lehner, CEO da Realixo, continua: “a ideia da economia circular é que se as empresas criam bem os produtos e serviços na sua fase de concepção, não se produz lixo, mas apenas recursos para novos ciclos de produção. É importante entender que nós, consumidores, temos um grande poder quando compramos um produto no mercado. A forma como gastamos nosso dinheiro é como votar em eleições: escolhemos quem e qual visão de presente e futuro apoiar. Isso é um consumo consciente!”
Pode assistir ao vídeo aqui: